O Alienista, de Machado de Assis, é uma pequena obra de arte. Em setenta e poucas páginas, o Bruxo do Cosme velho, como o chamou Drummond, se debruça sobre a análise do que de fato é ser louco, através da exposição magistral das relações sociais e das próprias relações do homem consigo. O humor saliente, a ironia marcante, a saborosa inteligência e, nos níveis linguísticos, o delicioso uso da forma escrita leva a um maravilhoso passeio pela vila de Itaguaí. Um passeio curto, mas bom demais.
(...)  Os alienados foram alojados por classes. Fez-se uma galeria de  modestos, isto é, dos loucos em quem predominava esta perfeição moral;  outra de tolerantes, outra de verídicos, outra de símplices, outra de  leais, outra de magnânimos, outra de sagazes, outra de sinceros etc.  (...). Trecho de O Alienista, de Machado de Assis.
 

 
 

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