Onde era mesmo?

domingo, 28 de março de 2010

O Cinema e Eu.

O que vale é a experiencia
Há quem goste de academia. Há quem prefira comer chocolate, costurar, ou sei lá, andar na praia. Eu vou ao cinema. Pra mim é um ritual. Desde o início. Um tempo pra sentir o cheiro, pra sentir o carpete macio, pra sentir onde vai ser o melhor lugar do dia. O de hoje não é necessariamente o de amanhã. Um tempo pra esperar. Com fones de ouvido, de preferência. Esperar pelos traileres, pelo filme, pelos créditos.
Ir ao cinema é uma diversão diferente. Não é uma fuga do estresse, nem um refúgio. Não preciso estar mal pra ir, nem bem. Eu só vou.Talvez seja porque é lá que a gente só precisa ser um espectador, tão anônimo quanto o cara ao lado. Sem muita responsabilidade além de aceitar uma sala de projeção como um quarto escuro, onde a gente sonha acordado, onde o sonho não passa exatamente dentro da gente, onde não se deve satisfação pelo riso, pelo choro, pelo medo, pela raiva, pela compaixão. E experimentar tudo isso hoje já é um hábito. De passar o dia de sala em sala, ou de ir pra última sessão por falta de tempo. Um hábito. Talvez um vício, mas de qualquer forma, pra mim, um ritual.

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